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Quinta-feira, 28 de Abril de 2011
O DUÁ (A PRECE NO ISLÃO) Terceira Parte

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus)
Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso)
JUMA MUBARAK

 

“Allahuma ãfina min kullí baláil duniá waazabil kab-ri wua azábil áhirat – Ó Allah, salve-nos das preocupações deste mundo e dos castigos e
tormentos da sepultura e da vida futura”.

 

Todos nós passaremos um por estágio entre esta vida e a vida eterna. Estaremos aguardando nas nossas sepulturas para sermos definitivamente levantados para a prestação de contas finais, para depois conhecermos a nossa “vivenda” definitiva: o paraíso ou o inferno. Enquanto isso, estaremos ou não passando pelos tormentos das sepulturas. Sempre que Hazrat Usman (Radiyalahu an-hu) passava por uma
sepultura, chorava bastante, ao ponto das suas barbas ficarem molhadas e referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Eu não passei por nenhum lado que fosse doloroso e surpreendente do que a sepultura”. Aisha (Radiyalahu an-ha) referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) tinha por hábito pedir a Deus, que o protegesse dos castigos da sepultura.


Deus fará experimentar aos seus servos, a fome, a perda dos bens e outras desgraças. Mas aqueles que tiverem confiança em Deus e forem perseverantes e recitarem o seguinte versículo - “Inna Lilahi Wua Inna Ileihi Rájiuna – Proviemos de Deus e para Ele retornaremos”. Cur’ane 2:156 – serão os que vão receber as bênçãos e as misericórdias do Senhor e serão bem orientados. São as palavras (prece) que os muçulmanos recitam, quando tomam conhecimento de alguma fatalidade, morte ou desgraças. Quando uma morte nos é anunciada, é obrigação de
todos os muçulmanos, pedir a Deus a misericórdia e o perdão para aquele que deixou esta vida passageira. “Que Allah, Ghafur e Rahim (Deus, Perdoador e Misericordioso) perdoe o falecido e nos perdoe a nós também; In Sha Allah (Se Deus quiser), um dia estaremos todos reunidos para prestarmos contas”. Nada mais podemos fazer, quando Deus nos leva alguém muito próximo, senão termos paciência e orarmos por ele. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) transmitiu: “Deus louvado seja, diz: “Não tenho outra recompensa que não seja o próprio Paraíso para o Meu servo crente que, quando tomo o seu ente mais querido, nesta vida, ele o aceita com resignação, em busca da Minha recompensa”. Bukhari


É habitual ouvirmos as palavras “Yarhumucolaah” – “Que Deus tenha misericórdia de ti”, depois de alguém ter espirrado e dito duma forma audível “Al Hamdullilah”- “Louvado seja Deus”. O muçulmano aproveita todas as oportunidades para fazer uma prece para o seu irmão de fé. “Implora perdão pelas tuas faltas, assim como das dos crentes e das crentes”. Cur’ane 47:19. Mesmo para um irmão de fé ausente, devemos orar por ele. Abu Darda (Radiyalahu an-hu), referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Toda a vez que um muçulmano faz uma prece por um irmão, na ausência deste, um anjo repete: “E tu terás o mesmo e muito mais”.

 

Muslim. Mesmo quando estivermos a sós e espirrarmos, devemos dizer em voz alta - “Al Handullilah”, pode acontecer que um anjo ouça e rogue por nós.


Os filhos devem pedir a Deus, pelos seus pais, como os pais pedem para os filhos. São os direitos e as obrigações que Deus deu a cada um deles, que devem ser assumidos por ambos. Devemos lembrar diariamente os nossos pais falecidos, recitando em sua memória o “Yacin” e pedindo a Deus para que lhes perdoe os pecados e lhes conceda o paraíso. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. Cur’ane 14:41. Os pais vivos, também são merecedores das preces dos filhos. “O decreto do teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com os vossos pais, mesmo que a velhice alcance um deles ou ambos, em vossa companhia: não os reproveis, nem os rejeites; outrossim, dirigi-lhes palavras honrosas. Estende sobre elas a asa da humildade e diz: Ó Senhor meu, tem isericórdia de ambos, como eles tiveram misericórdia de mim, criando-me desde pequeno. Cur’ane 17:23 e 24.


Muitos de nós exageramos nos pedidos que efectuamos a Deus, durante as preces. Uns pedirão uma riqueza para além das suas necessidades e outros agraciados, excedem-se e praticam actos dos futuros moradores do inferno, esquecendo-se da pobreza dos seus semelhantes. Abdullah Ibn Mughaffal (Radiyalahu an-hu), relatou  que ouviu o seu filho suplicando a Deus, com as seguintes palavras: “Ó Allah eu peço-Te um palácio branco do lado direito do paraíso, quando eu entrar nele”. Ele disse ao filho: “Meu filho, peça a Deus o paraíso e também o refúgio contra o fogo do inferno, porque eu ouvi do Mensageiro de Deus (Salalahu Aleihi Wassalamo) dizer que : “Na minha comunidade, haverá alguns que excederão os limites da purificação e das suas súplicas”. - Abú Daúde. Outros perder-se-ão, passando muito tempo a pedir detalhadamente isto, aquilo e aqueloutro, esquecendo o essencial e as necessidades mais prementes.


Um bom dia de Juma
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
28/04/2011

publicado por Re-ligare às 16:55
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Sexta-feira, 15 de Abril de 2011
O DUÁ (A PRECE NO ISLÂO)

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu

(Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus)

 

Bismilahir Rahmani Rahim

(Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso)

 

JUMA MUBARAK

 

TEMA DA SEMANA: O DUÁ (A PRECE NO ISLÂO):

“E o teu Senhor diz: “Invocai-Me, que Eu vos atenderei”. Cur’ane 40:60.

 

Duá, é uma súplica, uma prece, um pedido. Para os muçulmanos, é um momento alto de adoração. Ibn Nu’man Bashir (Radiyalahu an-hu), referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “A prece – Duá, é a essência da adoração”. - Abú Daúd. É um contacto directo entre o crente e o Criador, no qual, o necessitado, o pecador, pede perdão pelos actos cometidos e solicita a ajuda Divina para o preenchimento das necessidades terrenas e espirituais.


É no Cur’ane e nas tradições do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), onde encontramos inúmeras preces. Também existe um valioso legado de preces que alguns piedosos nos deixaram e que foram transmitidos de geração para geração. As súplicas, podem ser efectuadas nas nossas línguas, no entanto, devemos acrescentar algumas preces Curánicas e do Sunna.


As preces só podem ser dirigidas a Deus. Ele é o Único e merecedor da nossa adoração. Não se deve pedir aos ídolos, aos santos, aos piedosos que já dos deixaram e nem mesmo aos Profetas. São servos de Deus e nada nos ajudarão. Também eles não devem servir de intermediários entre o necessitado e o Senhor. Esta é a verdadeira mensagem da Unicidade Divina do Islão, conforme é referido no Cur’ane: “Não invocais ninguém, juntamente com Deus”. 72:18. “Quem atende o necessitado, quando implora e liberta do mal e vos designa sucessores na terra?. Poderá haver outra divindade em parceria com Deus?”. 27: 62. Diariamente reforçamos a nossa fé, quando recitamos o primeiro khalimá (testemunho da fé)- LA ILAHA ILLA LLAH – Não outra divindade, senão Deus. “Adorai a Deus e não Lhe atribuais parceiros…”. Cur’ane:4:36.


As preces podem ser feitas a qualquer hora do dia. No entanto, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) indicou-nos alguns momentos especiais. Na hora de Tahajjud, na última parte da noite, no silêncio, em que aparentemente o crente se encontra sozinho, mas está perante Deus e Seus Anjos; depois de efectuar algumas orações facultativas, de louvar a Deus e de enviar bênçãos para o Profeta, prostrado, faz o duá. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) relatou que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “O servo está muito próximo ao seu Senhor quando ele encontra-se na Sajda (prostração). Portanto aumentai o duá no sajda”. Muslim. Nas sextas feiras, devemos incrementar as nossas preces, em especial entre os dois Khutbas do salat de Juma. Minutos antes das orações de Magrib, são muitos importantes para levantarmos as mãos e pedirmos ao nosso Criador e Senhor, tudo o que precisarmos. Também depois de completarmos cada uma das orações farz (obrigatórias) e após louvarmos a Deus (33 vezes Subhana Allah, 33 vezes Alhamdulilah e 34 vezes Alahu Akbar), é outro momento recomendado, para aceitação das nossas preces. O duá efectuado entre o adhan (chamamento para a oração) e o Iqamah (alerta para o início
da oração), não é rejeitado, segundo o relato de Anas Ibn Malik, em Abú Daúd.


Uma das condições para que as nossas preces sejam aceites, é pedir o que é permitido e bom para nós e não o que é ilícito pela religião, como por exemplo, cortar os laços familiares e enriquecer prejudicando os outros. A boa intenção deve comandar as nossas preces. Se pedirmos o aumento da riqueza, será com a intenção de a aplicarmos na satisfação das necessidades da nossa família e não esquecermos de ser generosos para com os pobres. Se pedirmos para melhorar a nossa saúde, será com a melhor das intenções, para termos forças para tomarmos conta dos
nossos relativos e também para ajudar os que sofrem com a falta dela.


A paciência, deve ser uma constante do crente. Às vezes, os duás são aceites de imediato, outros demoram a ser concedidos. Acontece também, que o pedido não seja satisfeito por Deus. Se no imediato não conseguir ver satisfeito o pedido, o crente não pode desistir, deve continuar a pedir a Deus. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) relatou que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “A súplica de cada um de vós é concedida se ele não ficar impaciente e dizer: “eu supliquei, mas não me foi concedida.” Muslim. As preces devem ser feitas, acreditando que Deus as irá ouvir e responder. “Quando alguém fizer uma prece a Deus, não deve dizer: Ó Allah, concedei-me o perdão, se Tu assim o entenderes, mas sim deve-se implorar com devoção e dedicação, pois não há nada tão grande aos olhos de Deus, que Ele não possa conceder.” Os dois hadices do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), foram relatados por Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), em Muslim.


In Sha Allah, continuarei com este tema na próxima semana.


Um bom dia de Juma, com muitas preces.
Cumprimentos,


Abdul Rehman Mangá
14/04/2011

publicado por Re-ligare às 12:33
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Sexta-feira, 8 de Abril de 2011
O ILM DOS PROFETAS E DOS PIEDOSOS

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus)


Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus, o Beneficente e Misericordioso)


JUMA MUBARAK


O ILM (A PROCURA DO CONHECIMENTO) – SEGUNDA PARTE

 

Toda a ciência e o conhecimento, provém de Deus. Só Ele conhece o passado, o presente e o futuro. “…Ele conhece o que é secreto e ainda o mais oculto.” – 20:7. Foi Ele que agraciou os Seus Profetas com sabedoria, para poderem falar aos seus povos. Os Profetas sempre foram os melhores da humanidade, no que se refere à aparência, personalidade e capacidades especiais, de modo a não serem alvo de troça ou desprezo. Mas mesmo assim, os Profetas foram maltratados por alguns, por não aceitarem a palavra de Deus. Abdullah (Radiyalahu an-hu), relatou: “Como se eu tivesse visto o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) falar de um Profeta, cuja nação o tinha agredido, ao ponto de sangrar e enquanto estava a limpar o sangue do seu rosto pediu: “Ó Deus, perdoe a minha nação! Pois eles não têm conhecimento.” Bhukari.


Ao longo da história da humanidade, Deus enviou milhares de Profetas, para nos transmitirem e nos incentivarem a procura do conhecimento, para esta vida passageira e em especial para a outra que não terá fim. Outras personalidades também tiveram o privilégio de obterem o ilm,

para o benefício da humanidade.


Quando Deus criou Adam (Aleihi Salam) – Adão (Que a Paz de Deus esteja com ele) e o colocou como seu Khalifa na terra (vice - regente), dotou-o de certos poderes e deu-lhe o dom da palavra. “Criou o homem e ensinou-lhe a expressar-se” Cur’ane 55.3,4. Deu-lhe a conhecer os nomes de todas as coisas. Transmitiu-lhe a sabedoria necessária, que aprendeu e os passou para os seus filhos, para estudarem as leis da
natureza, reflectirem sobre eles e utiliza-los correctamente, em benefício da humanidade. “Na verdade, Nós honramos os filhos de Adam” (Isto é, demos-lhes superioridade em relação a todas as criaturas) Cur’ane 17:70. O ser humano tem assim a capacidade para aprender, aumentar os seus conhecimentos e perceber as leis do universo.


Ibrahim (Aleihi Salam) – Abraão (Que a Paz de Deus esteja com ele), nasceu numa casa de idólatras. Mas ainda pequeno, Deus iluminou-o e guio-o, para o caminho do monoteísmo. No Cur’ane, é referido o diálogo entre o Profeta Ibrahim (Alei Salam) e o pai, adorador de ídolos: “Pai, porque adoras aquilo que não ouve nem vê e em nada te pode beneficiar? Pai, foi-me revelado algo de sabedoria que tu não recebeste. Segue-me pois, vou conduzir-te para o caminho recto.” 19:42,43.


Mussa (Aleihi Salam) – Moisés (Que a Paz de Deus esteja com ele) recebeu ordens de Deus para ir falar com o Faraó, que se encontrava extraviado, pensando, ser o rei dos reis. Moisés apercebeu-se da grande responsabilidade que tinha acabado de receber, sabendo de que era lento a falar e não era um bom orador. Com receio de não conseguir influenciar o faraó e o seu séquito, pediu a Deus para que o seu irmão

Aarão, um bom orador, o acompanhasse. Recusada a pretensão, Moisés orou a Deus, pedindo: “ Ó Senhor meu, dilata-me o peito; facilita-me a tarefa; e desata o nó da minha língua; para que compreendam a minha fala.” Curane 20:25 a 28. As dificuldades foram removidas e ele pode falar com o Faraó, sem qualquer situação de inferioridade. As palavras por ele proferidas, perante o tirano, são extraordinárias na eloquência e na retórica, conforme é referido na Bíblia e no Cur’ane.


Issa (Aleihi Salam) – Jesus (Que a Paz de Deus esteja com ele), quando ainda era recém-nascido, recebeu de Deus, o dom da fala e falou às pessoas ainda no berço. Depois do parto e quando Mariam (Que a Paz de Deus esteja com ela) regressou com a criança algumas pessoas repreenderam-na, afirmando de que ela fizera algo detestável e que a família dela nunca fora adultera. Mariam colocou os dedos nos lábios e apontou para a criança. Admirados ouviram Issa dizer: “Sou o servo de Deus, que me concedeu o Livro e me designou Profeta. Fez-me abençoado onde quer que eu esteja e encomendou-me a oração e a esmola, enquanto eu viver….”


Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) – Que Deus derrame as suas bênçãos nele, era iletrado, e recebeu, através do Anjo Jibrail (Aleihi Salam) – Gabriel (Que a paz de Deus esteja com ele), a revelação da palavra de Deus. Na primeira revelação, Deus ordenou-lhe para recitar os seguintes versículos: “1 – Iqra (Recita) em nome do teu Senhor que criou; 2 – Criou o homem de um coágulo; 3 – Recita e o teu Senhor é o mais generoso; 4 – Que ensinou com a caneta; 5 – Que ensinou ao homem aquilo que ele não sabia”. Cur’ane 96. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam)
respondeu ao anjo de que não sabia ler. Mas o anjo pressionou-o e ele acabou por recitar e reter as primeiras palavras da revelação.


Os que estiveram ao lado dos Profetas também foram agraciados por Deus, que lhes deu certas capacidades físicas, intelectuais e espirituais, para suportarem os enormes sacrifícios, necessários para ajudarem a divulgação da palavra Dele. Foi também o caso dos Sahabas (Radiyalahu an-huma) – Que Deus esteja satisfeito com eles – Companheiros do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Especializaram-se
nas diversas áreas religiosas. Muitos deixaram os seus bens e as suas famílias e deslocaram-se para terras distantes, para a divulgação do Isslam. Yahya Ibn Khatir (Radiyalahu an-hu), referiu: “A procura do ilm e o conforto, não podem estar juntos”. Eles reuniam-se num local, denominado de Ass-Hábus Suffa (Pavilhão dos Sahabas). Neste momento, o local encontra-se dentro da Mesquita do Profeta, em Madina, e de
fácil reconhecimento, por ser um local saliente, acima do nível do chão e bem visível. Os Sahabas reuniam-se de dia e de noite, para aprendizagem e eram enviados para outros locais, para ensinarem a religião. Eles juraram manter-se junto do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam). Eram materialmente pobres, mas ricos em ilm religioso. O número deles era de cerca de 100 e neles estava incluído o Sahaba Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), muito conhecido pela transmissão de inúmeros hadices. Várias são as narrativas, referindo a bravura, a dedicação e o sacrifício dos Sahabas, perante Deus e Seu Profeta.


Uma prece muito utilizada pelos muçulmanos “Rabbi zidni ilm” – Ó meu Senhor, aumentai-me o conhecimento”. Surat TA HÁ. De acordo com Ibn
Abbas (Radiyalahu an-hu), no início da revelação, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) sentia uma grande ânsia e esforço para acompanhar e reter a revelação que o anjo lhe transmitia. Ele movia a língua e apressava-se a recitar o que lhe era transmitido. Foram então revelados alguns ayates: “…Não te apresses com o Alcorão, antes que a sua inspiração te seja concluída. Outrossim, diz: Ó Meu Senhor, aumentai-me o conhecimento”. 20:114 Também no capitulo 75, os versículos 16 a 19, referem-se à mesma advertência. Deus instruiu ao Profeta para

seguir atentamente a recitação do anjo Jibrail e só depois é que deveria repetir as palavras. Deus deu ao Profeta, a capacidade de reter e transmitir as revelações. Segundo Ibn Uyaynah, o Profeta não deixou de melhorar os seus conhecimentos até que Deus, o Altíssimo, o levou.


Outra fonte de inspiração para a procura do ilm e do conhecimento em geral, é o exemplo de Luqman, negro e antigo escravo. Um verdadeiro sábio, que teve o privilégio de ser referido no Cur’ane, através de um capítulo com o seu próprio nome. Não era um Profeta, mas Deus agraciou-lhe com a sabedoria e com o conhecimento mundano e divino, conforme o seguinte versículo: “Agraciamos a Luqman com a
sabedoria, (dizendo-lhe): Agradece a Deus, porque quem agradece, o faz em benefício próprio” Cur’ane 31:12 . Luqman colocava esses mesmos conhecimentos na prática, transmitindo-os aos ricos, necessitados, reis e juízes.


Um Bom Dia de Juma,


Cumprimentos


Abdul Rehman Mangá
07/04/2011

publicado por Re-ligare às 15:37
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