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“E PURIFICAI A MINHA CASA PARA OS CIRCUNDANTES.” – Cap. 2 Vers. 125 A
Após o período que se seguiu à saída de Makka (Hijra) e durante cerca de 16 meses na permanência em Madina, o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), efectuava o salat (oração) virado para Jerusalém. No ano 2 de Hijra (do calendário Islâmico), Allah Subhana Wataala, ordenou-lhe que se virasse para a direcção da Caaba. Desde então, a Caaba, passou a ser a orientação para a nossa oração, símbolo da unidade dos crentes. Quando o referido versículo do Cur’ane foi revelado, estava o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) a dirigir o Salat de Zuhr (oração do meio dia), virado para Jerusalém, numa Mesquita a cerca de 3 milhas da Mesquita de Madina. Quando já tinha efectuado dois rakates (2 ciclos de oração), recebeu a referida revelação. Ainda dentro da oração, todos se viraram para a direcção da Caaba e completaram os restantes ciclos. A Mesquita onde aconteceu este facto histórico e religioso, passou a chamar-se de “Quiblatains”, isto é Mesquita de dois Qiblas.
A Caaba, foi sempre um local sagrado, muito antes da era do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Foi reedificada pelo Profeta Abraão e seu filho Profeta Esmael (Que a Paz de Deus estejam com eles). “E quando Ibrahim (Abraão) e Issmail (Esmael) elevavam as fundações da Casa (dizendo): “Nosso Senhor! Aceita de nós (este trabalho). Com certeza, Tu escutas, Ês o Conhecedor.” Cap. 2 vers 127.
Inicialmente a Caaba estava coberta com pedra preciosas do Paraíso. Com a morte o nosso pai Adam (Aleihi Salam -Que a Paz de Deus esteja com ele), ficou a pedra que todos conhecemos por “pedra negra” – Hajarul Asswad, que é beijada por milhões de peregrinos. A pedra era branca, mas com os pecados da humanidade ela tornou-se negra. Há uma referencia de que Omar (Radyialahu an-hu) ao beijar a pedra, afirmou: “Por Deus, estou ciente de que tu não és mais do que uma pedra (sem poderes). E se não tivesse visto o mensageiro de Deus beijar-te, eu jamais o faria”. – Relato de AlBukhari, Musslim e At-Tirmizi. Portanto ao beijar a pedra, os muçulmanos não o fazem por idolatria, pois não adoram mais nada a ser a Deus.
Cerca de 50 dias antes do nascimento do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), Abraha, o governador da do Yémen, quis destruir a Caaba, utilizando um exército poderoso, em que estavam incluídos diversos elefantes. Abdul Muttalib, chefe e líder da Caaba e que viria a ser o avô do Profeta, não se alarmou com a ameaça, pois considerou que o Dono da Caaba a iria defender. Assim aconteceu, Deus enviou um bando de pássaros, carregando cada um deles, 3 pedrinhas, que foram lançadas sobre o exército invasor. As pedrinhas causaram inúmeras baixas e a debandada dos sobreviventes. Este facto foi e ainda é conhecido por “Ashabul – fil, senhores dos elefantes” ou por “o ano dos elefantes” e vem referido num breve versículo do Cur’ane – Surat Al Fil – 105.
Ao longo da humanidade, a Caaba sofreu inundações e incêndios. Foi reconstruída várias vezes e hoje é uma casa quadrada em alvenaria, coberta por pano preto, bordado com versículos do Cur’ane. O sagrado não são as 4 paredes, mas sim o próprio local. Se a Caaba por qualquer motivo ficasse destruída, a orientação para a oração continuaria válida. É uma prova de que não adoramos a Caaba. O local em si é sagrado para todos nós.
O Tawáf (circundar a Caaba), é um dos principais rituais do Haj (peregrinação a Makka). Durante as 24 horas diárias, excepto durante as 5 orações obrigatórias, há imensa gente a circundar a Caaba. É um verdadeiro milagre. Mesmo na altura, quando a Caaba estava sujeita a inundações, as pessoas a circundavam, nadando (em círculos).
Uma curiosidade: Anualmente a Caaba é lavada com a água de Zam-Zam. É uma tradição antiga que vem desde o tempo do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), quando os Muçulmanos conquistaram a cidade de Makka, sem derramamento de sangue e destruíram os 360 ídolos que estavam colocados dentro da Caaba. E para a purificarem, lavaram-na com a agua de Zam Zam.
Se tem possibilidades financeiras e ainda não cumpriu com o quinto pilar do Isslam, não espere mais, siga para o caminho da felicidade. Responda dizendo,
Façam o favor de terem um bom dia de Juma. Cumprimentos Abdul Rehman
14/10/2010
“Na verdade, vimos-te voltares com frequência o teu rosto para o céu (para orientação). Agora, certamente, te faremos virar para um Qibla, com que estarás satisfeito. Portanto, vira o teu rosto para a Mesquita Sagrada e onde quer que estejas, voltai os vossos rostos para esta direcção.”Cur’ane:2:144.
Allah Subhana Wataala diz ao Profeta Muhammad (Sallalahu Aleihi Wassalam):
“E COMPLETAI O HAJ E O UMRA EXCLUSIVAMENTE PARA DEUS” Cap. 2 Vers.106
E os crentes que se dirigem à peregrinação, respondem com
Labbaik, Allahumm Labbaik – Eis me aqui meu Senhor!.
É uma concentração de muçulmanos de todos as raças, vindos de todos os continentes, de todas as classes sociais, de todas as cores, unidos numa única causa comum, que é o da adoração do Deus Único. É uma confirmação de que o Isslam é uma religião universal. Não existe o rico nem o pobre, nem o empregador nem o empregado, nem o governante nem o cidadão comum, pois são todos iguais perante Deus. Os Hajis, durante a peregrinação, vestem-se todos de igual, utilizando o Ehram (pano branco sem costuras), recordando os tempos em que nasceram, quando lhes embrulharam num pedaço de pano e sabem que após a suas mortes irão também ser cobertos por um pano branco (cafan-mortalha), deixando para trás todos os haveres, adornos e restantes vestuários. Estarão juntos, milhões de irmãos e de irmãs, da mesma fé, lembrando o dia do julgamento final, em que Deus reunirá toda a humanidade, para a prestação de contas. Quem já cumpriu com a obrigação da peregrinação, acaba por se “apaixonar” pelo lugar e pensa voltar mais uma ou várias vezes, pois é um local que nos traz a paz e a tranquilidade e nos libertamos de todas as preocupações mundanas. Nunca encontrei tanta paz de espírito como a que encontrei na cidade de Madinah, em especial dentro da Mesquita do nosso Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). É estar no mundo, mas fora dele. Em todos os locais onde vamos cumprir com os rituais do Haj, tornamo-nos mais humildes, pois estamos mais perto do Criador, onde as nossas preces são aceites. Segundo o
relato de An-Nassai, Ibn Maja e outros, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: O Hají é um hóspede de Deus, se pedir algo, as suas preces são aceites. Se pedir perdão, é perdoado.”
Tentemos imaginar como era a viagem dos nossos antepassados. Como era duro viajar, por exemplo de África ou da Ásia para a Arábia Saudita. De barco, depois a pé ou montados em animais, percorrendo milhares de kms até chegarem aos seus destinos. A jornada demorava meses e muitas vezes, anos. Pelo caminho, iam ficando aqueles que Deus os levava (De Deus viemos e para Ele regressamos)
Os que chegavam ao seu destino, reuniam-se e começavam com os rituais de Haj, com todas as dificuldades inerentes à época. Depois de cumprido o dever, era o regresso à casa, percorrendo novamente milhares de Kms. Eram os verdadeiros Hajis, pois nem as dificuldades os demoveram de cumprir com a obrigação.
Nos nossos tempos actuais, entre 5 a 10 horas de viagem, deliciando-se com o conforto dos aviões e do catering, o Haji viaja como se dirigisse para férias! Chega e encontra a melhor hospedagem, de acordo com as suas posses financeiras. Durante o ritual do Haj, tem todas as mordomias, pois nada lhe falta. Aproveita para fazer compras. Alguns em vez de fazerem o máximo de Tawafs (circundar a Casa de Deus), fazem “tawafs” às lojas.... Portanto meus irmãos e minhas irmãs, quem ainda não foi fazer o Haj e que tem posses financeiras para tal, não deve deixar para o(s) próximo(s) ano(s). O Haj virá sempre. Mas nós temos a garantia de estarmos vivos? É um assunto para reflectimos. O cumprimento do Haj é obrigatório apenas uma vez na vida para o muçulmano adulto, física e financeiramente apto. É facultativo fazê-lo mais do que uma vez. É uma obrigatoriedade referida no sagrado Alcorão e nas palavras do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Quem não crê neste 5º. pilar, torna-se um descrente e quem protelar por muito tempo, tendo condições para tal, acaba por ser um pecador, segundo a opinião de muitos alimos. Num hadice, relatado por Ahmad e Al-Baihaqui, o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Apressai-vos no cumprimento do Haj,
pois nenhum de vós sabe o que lhe pode acontecer”,
isto é, doenças, problemas financeiros, etc..
Abu Huraira (Radyialahu an-hu) referiu que o Profeta~(Salalahu Aleihi Wassalam) disse: "No cumprimento de Uma para o outro, verifica-se a expiaçao dos pecados cometidos entre um e outro. E o Haj Al-Mabrur nao tem outra recompensa senao o Jannat (Paraíso). * Relato de Al Bukhari e Musslim. (O Haj Mabrur é o Haj inteiramente cumprido, sem qualquer transgressao às regras intituídas e sem qualquer pecado). Faz parte dos rituais da peregrinação de algumas atribulações sofridas pelo Profeta (Akeihi Salam) e sua esposas Hagar. Quando ele levou o seu filho Esmael (Aleihi Salam) para sacrificar, cumprindo com as ordens de Deus, apareceu o cheitane (diabo), assumindo a forma de um enorme obstáculo, impedimdo-o de cumprir com as ordens divinas. "E saibam que as vossas riquezas e os vossos filhos são um teste". 64:115. Então o Profeta Abraão (Que a Paz de Deus esteja com ele), atirou 7 pedrinhas e o diabo afundou-se na terra. Também os hajis vão atirar as pedrinhas, não só simbolizando o acto, mas também para se livrarem dos pecados cometidos e de fazerem uma firme intenção de se afastarem das tentações do diabo.
Façam o favor de ter um bom dia de Juma. Cumprimentos.
Abdul Rehman
07 de Outubro de 2010.
Aproxima-se mais um mês de Haj. O Haj
Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu, (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus)
Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus o Beneficente e Misericordioso)
JUMA MUBARAK
Tema da Semana: - ABDUL MUTTALIB E O ANO DOS ELEFANTES (SEGUNDA PARTE)
Segue a segunda parte deste tema que está indirectamente relacionado com o mês de Hajj.
(Abdul Muttalib depois de receber de volta os seus 200 camelos que tinham sido roubados pelo exercito invasor, regressou a Makkah.)
Abraha deu instruções para que os elefantes e o exército marcharem contra Makah. O elefante chefe “Mahmud”, recusou-se a cumprir com as ordens e apesar de lhe espetarem com ferros, provocando feridas profundas, mantinha-se teimoso e ajoelhado. Os restantes elefantes imitavam o elefante chefe.
Entretanto o céu escureceu e voaram para o local, um bando de pássaros denominados de “Abadil”,carregando cada um deles 3 pedrinhas, uma no bico e outras duas nas patas e começaram a atirar para o exército invasor, causando inúmeras baixas, devido às perfurações e roturas na pele. O mesmo aconteceu a Abraha, que gravemente ferido começou a coçar-se, causando ainda mais queda da pele e de pedaços de carne. Os sobreviventes solicitaram a Dur Nafar que os trouxera como guia, para os orientar de volta a Sana, mas ele recusou-se afirmando: “Agora para onde se pode fugir, quando Deus persegue?”. Muitos morreram e outros regressaram feridos para Sana. Abraha teve uma morte lenta, com a desintegração dos ossos, acabando por morrer.
Este incidente teve lugar num local denominado de Muhassir, no vale de Muhassab, entre Muzdalifah e Mina. Segundo o relato de Jabir Bin Abdullah (Radiyalahu an-hu), o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), em peregrinação, quando se deslocava de Muzdalifah para Mina, ele apressou os seus passos quando atravessava o lugar de Muhassir. Em Maliks Muwatta, Yahya referiu que Malik ouviu de Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) dizer de que toda a zona de Arafa é boa para permanecer e toda a zona de Muzdalifah é também um bom local para acampar, com excepção do vale de Muhassir.
Os poetas de então, escreveram muitos temas acerca do assunto e evidenciaram que foi um verdadeiro milagre do Deus Único que salvou a Caaba da cobiça de Abraha e que os ídolos que lá estavam, nada podiam fazer contra o poderio dos invasores.
Este acontecimento muito comentado na altura, aconteceu no ano de 571 A.D., 1 mês e 22 dias antes do nascimento do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Porque os invasores utilizaram elefantes para tentarem destruir a Caaba, os Árabes chamaram-lhes de “ASHABUL-FIL – Senhores dos elefantes” e ao ano em que ocorreu este milagre, “AMUL – FIL – Ano do elefante”.
O Cur’ane refere no capítulo 105 – Sural Al Fil: “Não viste como o teu Senhor tratou os donos do elefante? Não fez Ele gorar o seu estratagema (de destruir a Caaba) enviando contra eles pássaros em bandos, que lhes atiravam pedras de barro? E (Deus) tornou-os depois como uma seara verde devorada (pelo gado)?” – Surat Al Fil – 105.
Neste versículo do Cur’ane, Allah descreve duma forma muito breve, os castigos afligidos ao povo do elefante. Não foi necessária uma longa revelação acerca do assunto, uma vez que os acontecimentos tiveram lugar um pouco antes do advento do Isslam e todos os residentes de Makah e arredores lembravam-se e comentavam os acontecimentos com muitos pormenores. Por isso, não havia necessidade de mencionar os detalhes no versículo Al-Fil. Os Árabes sabiam que foi Deus e não os ídolos que salvaram a Casa de Deus.
Nota: Os 360 ídolos aqui referidos, um para cada dia lunar, foram definitivamente destruídos no ano 8 de Hégira pelo Profeta (Salalahu Aleihi Wassalm), quando regressou triunfante em Makah e sem derramamento de sangue, perdoando todos os seus inimigos que o perseguiram, o torturaram e o obrigaram a emigrar para Madina.
Até hoje, a Caaba é o local de convergência para todos os muçulmanos, local de peregrinação e de orientação para as orações, livre de quaisquer figuras (de ídolos, santos ou profetas). É a casa de Deus, construído pelo Profeta Abraão e pelo seu filho Profeta Esmael, (Aleihi Salam – Que a Paz de Deus esteja com eles).
Votos de um bom dia de Juma,
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
30/09/2010
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