Blog dos docentes, investigadores e alunos de Ciência das Religiões na Universidade Lusófona (Lisboa)
.posts recentes

. RAMADAN - PRIMEIRA PARTE

. FALTAM APENAS DUAS SEMANA...

. JEJUM, UM ALIMENTO PARA A...

. “LA ILAHA – ILLA LLAH” – ...

. MI'RAJ — A Ascensão do Pr...

. RELEMBRANDO: A NOITE DE M...

. OS INÚMEROS BENEFÍCIOS PE...

. OS INÚMEROS BENEFÍCIOS PE...

. OS PRIVILÉGIOS E AS RESPO...

. SURAT FUSSILAT

.arquivos

. Julho 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Abril 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Julho 2008

Domingo, 14 de Fevereiro de 2010
Disgeusia

 

D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, a quem foi recentemente atribuído o Prémio Pessoa, dizia na sua homilia deste domingo que «vamos sabendo como quem saboreia».

Fantástico! «Vamos sabendo» porque o sabor do saber não está, de todo, fixado. E precisamos de uma sensibilidade apurada, afinada, para sentir os cambiantes do saber. Karl Popper dizia que o saber é provisório. É isso mesmo: o saber é dinâmico, muda, altera-se, chega a mudar de sabor.

É possível uma pessoa habituar-se de tal forma ao sabor de um saber, que chega ao ponto de perder a sensibilidade – e pior ainda, o interesse – para saborear a riqueza de outros saberes! Será porventura possível desenvolver uma vida equilibrada, saudável, na pobreza nutricional de um sabor único, de um saber único?

Leio que a disgeusia, a ausência do sentido do paladar, pode ser causada por qualquer coisa que interrompa a transferência dos estímulos de sabor para o cérebro, ou por condições que afectam a maneira pela qual o cérebro interpreta os estímulos. E acho que é mesmo por aí: o problema começa quando o saber que alguém saboreia de forma ritual, dogmática, sentenciosa, ao longo dos anos, pela vida afora, deixa de ser interpretado pelo cérebro…

Mas D. Manuel Clemente integra, na sua frase, outra nuance: é preciso muita sensibilidade para saborear, para desfrutar o prazer de ir sabendo, como quem fecha os olhos para apreciar o ingrediente de sabor suave do prato, como quem degusta o aroma e o sabor do cálice, como quem é arrebatado pelo rendilhado das ideias, pela filigrana dos saberes...

 

 Luís Melancia

Docente na Lic. em CR

publicado por Re-ligare às 19:06
link do post | favorito
Comentar:
De
( )Anónimo- este blog não permite a publicação de comentários anónimos.
(moderado)
Ainda não tem um Blog no SAPO? Crie já um. É grátis.

Comentário

Máximo de 4300 caracteres



Copiar caracteres

 


.mais sobre mim
.pesquisar
 
.Julho 2012
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
.links
blogs SAPO
.subscrever feeds