Blog dos docentes, investigadores e alunos de Ciência das Religiões na Universidade Lusófona (Lisboa)
.posts recentes

. RAMADAN - PRIMEIRA PARTE

. FALTAM APENAS DUAS SEMANA...

. JEJUM, UM ALIMENTO PARA A...

. “LA ILAHA – ILLA LLAH” – ...

. MI'RAJ — A Ascensão do Pr...

. RELEMBRANDO: A NOITE DE M...

. OS INÚMEROS BENEFÍCIOS PE...

. OS INÚMEROS BENEFÍCIOS PE...

. OS PRIVILÉGIOS E AS RESPO...

. SURAT FUSSILAT

.arquivos

. Julho 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Abril 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Julho 2008

Quarta-feira, 19 de Outubro de 2011
ÁGUA DE ZAM – ZAM

Assalamo Aleikum Warahmatulah Wabarakatuhu (Com a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus)


Bismilahir Rahmani Rahim (Em nome de Deus o Beneficente e Misericordioso)


JUMA MUBARAK

 

O poço donde provém a água de zam-zam, está situado no Massjid Al Harám – Mesquita de Makka. Até aos nossos dias, a água do poço continua com um caudal necessário para abastecer todos os Hajis (peregrinos), visitantes e residentes e nunca se verificou qualquer falta de água. È um verdadeiro milagre naquela zona do deserto.


Ibrahim - Abraão (Aleihi Salam – Que a Paz de Deus esteja com ele), cumprindo com as ordens de Deus, nosso Guia e Senhor, levou a sua esposa Hajra e o seu filho recém-nascido Issmail (Aleihi Salam – Que a Paz de Deus esteja com eles) e deixouos perto do Al-Baitul Atiq (A casa antiga). Com eles ficaram algumas tâmaras e água. Naqueles tempos Makka, era um autentico deserto, sem condições de sobrevivência.


Hajra perguntou ao marido, o motivo porque lhes deixava naquele local onde não havia ninguém. O Profeta (Aleihi Salam) não lhe respondeu, apesar da pergunta ter sido feita várias vezes. Então Hajra (Que Deus esteja satisfeita com ela) perguntou se foi Deus que lhe deu orientações para o facto. E aí o marido respondeu-lhe afirmativamente. Ela, confiante, disse que neste caso, o nosso Senhor nunca os abandonará. Ibrahim (Aleihi Salam), retirou-se e mais ao longe, no pico da montanha, fez a seguinte prece: “Ó Senhor nosso! Eu fiz habitar parte da minha descendência num vale inculto, perto da Tua Casa Sagrada, Senhor Nosso, para que cumpram a oração; fazei, portanto, com que os corações de algumas pessoas se inclinem para eles, com fervor e sustenta-os com os frutos para que Te agradeçam.” Cur’ane 14, Vers.37


Mãe e filho beberam e comeram até que a provisão se esgotou e começaram a sentir sede. A mãe, aflita, deixou o filho e subiu o monte Safa para ver se alguém a acudia e a seguir correu para o monte Marwa, mas não via ninguém. De Safa para Marwa, e assim sucessivamente, fez o percurso sete vezes e foi então que ela ouviu uma voz. Segundo o relato de Abdallah Ibn Abáss (Radiyalahu an-hu) ela disse em voz alta: “Ó quem quer que sejas, fizeste-me ouvir a tua voz, também me podes ajudar?”. No local, ela viu um anjo que estava remover o chão com a sua asa. Daí começou a brotar água. Então Hajra com as suas mãos começou a abrir uma cavidade e com as suas mãos encheu o odre. Ibn Abass (Radyialahu an-hu) narra que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Que Allah tenha misericórdia da mãe de Issmail. Se ela não tivesse controlado o caudal, aquela teria sido uma fonte de agua que escorreria como um rio !”. Hajra bebeu a agua e deu de amamentar ao filho.
O Anjo tranquilizou-a e disse-lhe “esta é a Casa de Deus, que será construída por esse menino e pelo seu pai e nunca Deus negligenciou o Seu povo”. Parte do relato de Ibn Abaas, em Bukhari. Livro 55:583.

 

Muito mais tarde, o poço de agua de zam zam foi destruído pelas guerras e não havia dele qualquer vestígio. Por volta do ano 500 D.C., Abdul Muttalib, uma personagem respeitada, era o responsável pela assistência aos peregrinos que se deslocavam a Maka. A agua, um bem precioso, era transportada de outros locais distantes, o que dificultava a tarefa daquele que viria a ser o avô do nosso Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). Graças a sonhos que teve, Abdul Muttalib conseguiu descobrir o local onde se encontrava originalmente o poço e com a ajuda do filho
Háriss, escavou e retirou todos detritos, fazendo assim renascer o lençol de agua que até hoje perdura e que é utilizada por milhões de peregrinos.


Um dos rituais do Haj (Peregrinação), depois de fazer o Tawaf (circundar sete vezes a casa sagrada), é percorrer os montes Safa e Marwa, também sete vezes, fazendo Zikr (recordando a Deus) e reflectindo sobre o percurso que Hajra fez, aflita, com sede e debaixo de um sol escaldante, à procura de água para o seu filho. Nos tempos actuais, este ritual é efectuado dentro de um pavilhão com as melhores condições
climatéricas!


Percorrer (correr entre os montes Safa e Marwah é um dos rituais ensinados por Deus a Abraão e está relacionado com o Haj. Na altura, os pagãos árabes colocaram ídolos nos dois montes e desvirtuaram este ritual. No monte Safa, colocaram um ídolo macho e no Marwa, um ídolo fêmea e diziam que os dois se transformaram em pedra, por terem cometido adultério. Com o advento do Islamismo, colocou-se a questão se
o ritual era um acto instituido por Deus, ou se tinha sido inventado pelos adoradores dos falsos deuses. Depois da Caaba passar a ser a Quibla (orientação) e os ídolos todos destruídos, para acabar com todas as dúvidas, Deus revelou o seguinte versículo: “Os montes de Safa e Marwa contam-se entre os símbolos de Deus, portanto não é pecado, para aquele que visita a Casa na época da peregrinação (Haj) ou noutra altura (Umra), caminhar à sua volta ritualmente....” Cur’ane 2:158.


Os peregrinos quando regressam às suas terras de origem, têm sempre a preocupação de levaram garrafas de água de zam zam. Oferecem aos familiares e amigos, pequenas porções de agua que são bebidas, em pé, virando-se para quibla (Makka), mencionando o nome de Deus, dizendo: “Bissmillahir Rahmanir Rahim” - “Em nome Deus, o Beneficente, o Misericordioso.” E fazendo a seguinte prece: Ó Allah! eu peço-Te o Ilm (Conhecimento) benéfico, a abundância na provisão e a cura de todas as doenças”. Ibn Abbáss (Radiyalahu an-hu), referiu: “Apresentei ao Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) a água de zam-zam para beber e ele bebeu de pé.” (Bukhari). Khalil Mujáhid At-Tábil (Radiyalahu an-hu), referiu que a água de zam-zam serve a intenção pela qual for bebida e a pessoa beneficia do objectivo pela qual foi bebida.”


Façam o favor de ter um bom dia de Juma.
Cumprimentos
Abdul Rehman Mangá
13/10/2011

publicado por Re-ligare às 10:04
link do post | favorito
Comentar:
De
( )Anónimo- este blog não permite a publicação de comentários anónimos.
(moderado)
Ainda não tem um Blog no SAPO? Crie já um. É grátis.

Comentário

Máximo de 4300 caracteres



Copiar caracteres

 


.mais sobre mim
.pesquisar
 
.Julho 2012
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
.links
blogs SAPO
.subscrever feeds